sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Delfus: quatro décadas de ilusionismo

Morador da Vila Oficinas faz truques que encantam qualquer pessoa

Cahuê Miranda
Daniel Derevecki
Delfus: quatro décadas de ilusionismo no circo e reuniões corporativas.

Fazer mágica para ganhar a vida. Em sentido figurado, a frase é uma realidade para muitos trabalhadores brasileiros. Mas um morador da Vila Oficinas leva a expressão em sentido literal. Há mais de 40 anos, o mundo da magia e dos espetáculos é o dia a dia e a profissão de Delfus, nome artístico do paulistano que escolheu Curitiba como palco dos truques que encantam seus espectadores.

Além dos shows em que mostra todo o seu repertório, Delfus produz e vende artigos para mágicos e ensina sua arte para aprendizes. Os Caçadores de Notícias foram até a casa do artista, que contou para os leitores da Tribuna um pouco do que viveu em quatro décadas de ilusionismo, fazendo espetáculos em ambientes que vão de circos até reuniões corporativas.

“Quando tinha 4 anos, meu pai me levou a um circo em São Paulo e o que mais me impressionou foi o mágico”, diz Delfus. “Sempre digo que foi aí que comecei, porque nunca perdi o interesse. Aprendi meu primeiro número ainda criança, que era uma mágica de bolso que fiz para uns amigos na escola. Como profissional, atuo desde 1971.”

A maior parte da longa carreira, porém, foi vivida em Curitiba, onde chegou em um momento, assim... meio mágico. “Vim para cá em 1975, um pouquinho antes da neve.” E desde então se tornou referência para os mágicos de todo o estado.

Inspiração

No cinema, Delfus encontrou novas inspirações para suas apresentações. “Naquela época, era a maneira que a gente tinha para conhecer novos truques. Me inspirei muito em um mágico chamado Channing Pollock, que apareceu no filme ‘Europa à Noite’, com números incríveis com cartas. Ele também foi precursor de mágicas com pombos e outros animais.‘

Mas tirar o coelho da cartola é um truque que já ficou no passado. “Hoje em dia é proibido o uso de animais em Curitiba e em todo o Paraná. Eu concordo, porque tem gente que não cuida direito dos bichos, que acabam sofrendo bastante”, afirma.

Delfus diz que atualmente há poucos mágicos famosos que merecem ser citados. “O David Copperfield ainda é referência. Mas hoje existe muita gente que faz mágicas que só funcionam na televisão, com truques de câmeras. Os bons mágicos que estão em alta são coreanos e chineses, que venceram as últimas grandes competições internacionais.”

Além de mestre e instrutor de muitos aprendizes que fizeram sucesso, Delfus também vem trabalhando em defesa da categoria no estado. Há cerca de 15 anos, ele é o presidente da Associação dos Mágicos do Paraná. À frente da Magipar, ele deixa um pouco o pseudônimo de lado e se apresenta como Antenor Delfino Bonifácio, 58 anos.

Festival

No final deste mês, acontece na cidade o 12.º Festival de Mágicas de Curitiba, organizado pela Magipar. Nos dias 21 e 22, mágicos de todo o país vão se reunir no hotel Itamarati, no centro, para conferências e para a feira de produtos mágicos. Nas mesmas datas, à noite, haverá espetáculos para o público no Teatro Regina Vogue. Os ingressos custam R$ 30.

Quem quiser entrar em contato com Delfus, para a contratação de espetáculos, aulas ou compra e encomenda de produtos para mágicos pode ligar para os telefones (41) 3266-8589 e
(41) 9702-6375.

Nenhum comentário:

Postar um comentário